24. O conceito de crença: Gareth Evans
O conceito de crença pode ser considerado um conceito primitivo, básico, na caracterização do ser humano. O filósofo Gareth Evans sugere que o conceito de informação é uma alternativa melhor, argumentando que estar em um certo estado informacional não significa ter que acreditar naquilo. Transcrevo algumas passagens do capítulo 5 (Informação, crença e pensamento do livro Varieties of Reference), no qual ele procura caracterizar o que chama de nosso “sistema informacional”, considerado por ele como o substrato de nossas vidas cognitivas, cujos componentes principais são a percepção, a comunicação e a memória:
“Quando uma pessoa percebe algo, ela colhe (gathers) informação acerca do mundo. Mediante a comunicação, ela pode transmitir essa informação a outras. E qualquer porção de informação em sua posse em um certo momento pode ser retida por ela até um certo tempo posterior. As pessoas são, em resumo e entre outras coisas, transmissores e estocadores de informação. Essas platitudes localizam a percepção, a comunicação e a memória em um sistema – o sistema informacional – que constitui o substrato de nossas vidas cognitivas. (122)” “Em geral, parece-me preferível tomar a noção de estar em um estado informacional com tal-e-tal conteúdo como uma noção primitiva para a filosofia, ao contrário do que tentar caracterizá-lo em termos de crença.” O fato do sujeito estar em um estado informacional é independente de se ele acredita ou não que o estado é verídico.”) E o fato de estarmos no estado informacional apropriado por alguém nos ter contado uma história não depende da gente acreditar que a história é verdadeira.” (123)
“Quando uma pessoa percebe algo, ela colhe (gathers) informação acerca do mundo. Mediante a comunicação, ela pode transmitir essa informação a outras. E qualquer porção de informação em sua posse em um certo momento pode ser retida por ela até um certo tempo posterior. As pessoas são, em resumo e entre outras coisas, transmissores e estocadores de informação. Essas platitudes localizam a percepção, a comunicação e a memória em um sistema – o sistema informacional – que constitui o substrato de nossas vidas cognitivas. (122)” “Em geral, parece-me preferível tomar a noção de estar em um estado informacional com tal-e-tal conteúdo como uma noção primitiva para a filosofia, ao contrário do que tentar caracterizá-lo em termos de crença.” O fato do sujeito estar em um estado informacional é independente de se ele acredita ou não que o estado é verídico.”) E o fato de estarmos no estado informacional apropriado por alguém nos ter contado uma história não depende da gente acreditar que a história é verdadeira.” (123)
1 Comments:
Obrigado pela tradução. Citarei no meu blog.
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